Você
sabe que ser gay
no
Brasil é complicado. Ao mesmo tempo que temos “liberdade” em
algumas grandes cidades, como São Paulo e Rio, sempre há notícias
de homofobia estampada na capa dos jornais.
A
orientação sexual ainda é um assunto nebuloso, que sofre com as
barreiras impostas por décadas da influência das religiões ou
preconceitos por pura falta de conhecimento.
Mas
a gente não quer falar só de desgraça!
Bom,
tem um estudo novo,
iniciado no ano 2000, que acompanhou cerca de mil casais, gays e
héteros. Um diferencial da pesquisa foi estudar irmãos gays e
héteros que já estavam em relacionamentos estáveis ou eram
casados, já que a educação e vivência dos dois teria sido, ao
menos, parecida.
O
resultado apontou que os casais gays são mais felizes do que os
casais héteros. Menos conflitos, maiores níveis de intimidade,
maior confiança em seus parceiros, afeto e maior feliz e satisfação
com suas vidas sexuais.
Os
pesquisadores atribuem esses dados às relações que têm papeis
tradicionais menos definidos – os dois fazem tudo (de limpar a casa
a trabalhar até mais tarde), se ajudam, dividem os problemas, as
dificuldades e os momentos bons, como deveria ser em qualquer
relação.
O
ponto negativo da pesquisa é que relacionamentos gays podem acabar
com mais facilidade do que os héteros. Em três anos de pesquisa o
índice de separação entre gays foi de 3,8%, e de héteros, 2,7%.
A
diferença não é tão grande, mas explica como influências
externas podem mexer com um relacionamento.
Afinal, muitos casais hétero se mantém juntos por causa de
hipotecas, filhos ou até mesmo pelo carinho que a família
tem
pelo outro.
Mas
a pesquisadora deixa claro que tempo de relacionamento não significa
felicidade garantida.
“Provavelmente
existem muitas pessoas ainda casadas que são extremamente infelizes
e outros que são mais rápidos para querer a separação. Só porque
casais heterossexuais permanecem juntos por mais tempo não significa
que eles estão sempre felizes. Pode ser apenas que eles tenham que
lidar com mais razões externas e pressões sociais para ficarem
juntos do que os casais do mesmo sexo enfrentam”, explicou, ao New
York Times, a pesquisadora e professora de estudos femininos, Esther
Rothblum.
Se
casais heterossexuais aprendessem com os gays a exterminar os papéis
de gênero, que não fazem ninguém feliz, e os casais gays
aprendessem com os héteros a pensar muitas e muitas vezes antes de
desistir do relacionamento em que você apostou tudo, todo mundo
seria mais feliz. Né?
Disponível em: http://www.superpride.com.br/?p=39844
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